Conforme noticiado pelo jornal POSTAL do Algarve, em 11 de abril de 2025, o Grupo de Trabalho de Combate ao Bullying em Escolas, promovido pelo Governo Português, revelou os resultados de um estudo nacional que aponta dados preocupantes: 6,1% dos jovens portugueses entre os 11 e os 18 anos afirmam já ter sido vítimas de cyberbullying. Além disso, 5,7% dos inquiridos disseram ter presenciado situações semelhantes e 0,8% admitiram ter praticado este tipo de comportamento online.
Num momento em que crianças e adolescentes têm acesso a telemóveis e redes sociais cada vez mais cedo, os especialistas alertam para os riscos associados ao uso intensivo e pouco acompanhado da tecnologia. O estudo vem reforçar a urgência de políticas educativas e familiares que promovam a literacia digital, o uso consciente dos meios tecnológicos e, acima de tudo, o respeito pelo outro em todos os contextos — físicos e virtuais.
O impacto do cyberbullying não se esgota nas agressões verbais ou nas humilhações públicas nas redes. As consequências psicológicas — como ansiedade, isolamento, depressão ou perda de autoestima — podem ser profundas e duradouras. Por isso, é essencial reforçar o papel das escolas, das famílias e das plataformas digitais na prevenção, detecção precoce e intervenção eficaz nestes casos.
Este alerta vem somar-se a outros sinais preocupantes em torno da violência entre jovens, reforçando a importância de uma ação coordenada entre Estado, comunidades educativas e sociedade civil. Promover ambientes digitais seguros é hoje uma responsabilidade partilhada — e inadiável.